desj955.jpg

 

HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2008 Olivia Gates

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Noiva do deserto, n.º 955 - abril 2017

Título original: The Desert Lord’s Bride

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9855-4

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

Estava a suceder.

E Shehab ben Hareth ben Essam Ed-Deen al Masud mal podia acreditar.

Ya Ullah. Era mesmo verdade que estava de pé no meio da sala de cerimónias da cidadela de Bayt el Hekmah, um lugar onde se realizavam os grandes eventos da realeza desde há seiscentos anos, com as negras vestimentas cerimoniais de sucessão que nunca tinha imaginado que utilizaria?

Sim. Estava ali. Tal como os membros do conselho de Judar, os membros da família real e os representantes da aristocracia.

Tentou não reparar em ninguém excepto no seu irmão Faruq, que estava a seu lado luzindo as brancas vestimentas cerimoniais, símbolo da transferência do poder. O brilho de seu olhar mostrava arrependimento e pedia compreensão.

Shehab fechou os olhos com força, reconhecendo mais uma vez tudo o que estava implícito no laço que os unia desde que ele tinha nascido.

Sim. Shehab compreendia-o. E aceitava-o. Faruq fazia aquilo porque tinha de fazer. Porque sabia que Shehab era capaz de suportar essa carga.

Então, Faruq falou e a sua voz reverberou pela sala.

Ou’waleek badallan menni.

O que significava: «Cedo-te o meu lugar como sucessor».

Então, o seu tio, o rei, que mal podia manter-se no cargo por causa das crises políticas e físicas, confirmou com uma voz tingida pelos achaques e preocupação:

Wa ana ossaddek asa tanseebuk walley aahdi.

O que significava: «E eu valido a tua nomeação como meu herdeiro».

Shehab ajoelhou-se perante o seu irmão mais velho e estendeu as mãos, com as palmas para cima, para aceitar a espada da sucessão. No momento em que a arma pesada descansou sobre as suas mãos, ele sentiu-se como se tivesse aceitado o peso do mundo.

E tinha-o feito. Tinha aceitado o peso do futuro de Judar.

Ao sentir o frio aço sobre a sua pele, fechou os olhos.

Ya Ullah. Era real.

Dias atrás ele tinha-se encarregado da sua empresa de informática, um negócio multimilionário que ajudava o seu país a estar numa posição privilegiada no mercado da tecnologia mundial. Dias atrás, o trono era uma figura inexistente, com um herdeiro que estava na flor da vida e que o precedia na linha de sucessão.

Então, chegou o dia.

Em vez de a sua vida ser governada pela liberdade, o seu futuro estaria marcado por um poder inimaginável. E por uma responsabilidade insuportável. E só tinham feito falta dez palavras.

Sem mais, tinha-se transformado no príncipe da coroa de Judar.

O futuro rei de Judar. No caso de Judar continuar a existir para chegar a ter rei. Caso continuasse a haver um trono que pudesse ocupar.

Capítulo Um

 

«Quente como o inferno, frio como o sepulcro».

Shehab apertou os lábios ao relembrar aquela frase e olhou para a multidão de gente disfarçada que estava no salão de baile.

Não havia rasto da mulher que tinha pronunciado essa frase.

Ele repetiu-a em voz baixa, cantarolando-a ao ritmo do concerto para piano nº 9 de Mozart que a orquestra estava a tocar.

«Quente como o inferno, frio como o sepulcro».

Um homem inclusive tinha acrescentado «insaciável como a morte».

As descrições soavam como os títulos que lhe tinham outorgado desde o nascimento. Xeque al Masud. Sua Alteza Real. E depois, Sua Eminência, o príncipe da coroa.

Mas segundo se tinha pactuado, ela tinha ganho os seus.

E esperava-se que ele casasse com aquela mulher.

Não. Não se esperava que o fizesse. Ia fazê-lo. Tinha de fazê-lo.

Apertou os dentes.

A essa altura já deveria estar resignado.

Tinha passado um mês desde que se tinha apercebido de qual seria o seu destino. Proteger o trono de Judar.

Às vezes estava a ponto de odiar Carmen.

Era por causa do poderoso amor que Faruq sentia pela esposa que tinha passado a carga a Shehab.

Ainda assim, Shehab poderia ter suportado um casamento de conveniência, algo que sempre lhe parecera pior destino do que a morte, se a noiva fosse alguém aceitável.

Mas Farah Beaumont, a filha ilegítima do rei Atef al Shalaan, o rei de Zohayd, não era aceitável.

Não porque tivesse nascido fora do casamento. E também não por se negar a reconhecer a sua herança, ou a ser um instrumento para a paz. A respeito do primeiro não havia nada a fazer; já o segundo podia ser uma incapacidade temporária para lidar com o seu passado, e as mudanças que o seu futuro prometia.

Mas não era por isso que desdenhava o seu pai nem podia desprezar a ideia de converter-se em princesa. O verdadeiro motivo era o que a tornava tão repelente.

A sua situação era privilegiada, visto que a sua mãe tinha casado com um multimilionário francês. Depois de ter perdido a fortuna após a sua morte, Farah tinha tentado chegar de novo ao topo. E tinha-o alcançado ao converter-se na mão direita e amante do poderoso Bill Hanson, um homem casado que podia ser seu avô.

A julgar pelo seu comportamento e pelos testemunhos de outras pessoas, Farah Beaumont era uma mulher fria, promíscua e arrevesada.

Também era uma figura crucial para a paz de um país. Mas tinha-se negado a exercer o seu dever. Mas ele sim, tinha um dever.

Pulverizar a sua negativa.

Virou a cabeça evitando o olhar fixo de um casal disfarçado de Maria Antonieta e Luís XVI.

Apesar de estar disfarçado de Kel Tagelmust, o homem do véu, um tuaregue do deserto, Shehab não conseguia desviar a atenção dos que estavam presentes. Pelo menos permanecia no anonimato. Não podia arriscar-se a ser reconhecido. Por isso agradecia o baile de máscaras.

Suspirou e notou que o ar da sua boca humedecia o tecido de algodão que cobria a metade inferior do seu rosto. Virou-se para evitar que o casal se aproximasse dele e deparou-se com uma mulher disfarçada de Shehrazade que pestanejava para lhe chamar a atenção. Ele murmurou umas palavras de forma amável para dar a entender que preferia estar sozinho.

Apesar de ter sido ele a organizar aquele evento, não tinha convidado nenhum dos seus amigos. No entanto, tinha enchido a sala com gente que mal conhecia, ou que não lhe importava muito, para criar um ambiente baseado no anonimato. Ele estava ali para chamar a atenção de uma única pessoa. Farah Beaumont.

Se é que aquela maldita mulher ia aparecer.

De repente, notou algo estranho atrás dele e voltou-se para ver o que era que tinha provocado que se pusesse tenso.

Nesse mesmo instante, sentiu que o mundo se paralisava diante dos seus olhos, «engolido» pela presença de uma criatura coberta por um vestido verde que parecia tirado de um conto de fadas. Uma fantasia tornada realidade.

Seria ela?

Com certeza que era ela. Tinha visto montes de fotografias dela e sabia perfeitamente qual era o seu aspecto.

Pelo menos, era isso que pensava, porque nenhuma das fotos mostrava a verdadeira cor do seu cabelo sedoso, a suavidade da sua pele ou a profundidade do seu olhar. Em alguma das fotos, via-se que eram verdes. Mas mesmo a essa distância, podiam comparar-se com o verde dos prados e as águas cor de esmeralda da sua ilha.

«Em que estás a pensar, idiota? É uma caçadora de fortunas camuflada num corpo de sereia. Um corpo que venderia ao melhor licitador», admoestou-se enquanto observava como atravessava a sala provocando que todos os presentes virassem a cabeça mas sem olhar para ninguém.

Não era altivez o que mostrava com tal atitude. Era algo que ele reconhecia muito bem. Um intenso desejo de solidão que provocava que evitasse as multidões e odiasse ser o centro das atenções, apesar de estar condenada a sê-lo…

Já estava outra vez a atribuir atributos humanos a uma mulher que não se importava de se manter à margem enquanto um país próspero se sumia no caos!

«Basta». Tinha chegado o momento de agir.

Fez um gesto aos empregados.

Depois, aproximou-se dela com o fim de interceptá-la à entrada do terraço. Quando estava muito perto, olhou-a fixamente e viu que ela olhava para ele assombrada.

Com que então a rainha de gelo não era imune ao seu olhar?

Tendo em conta a reputação que ela tinha, ele temia que fosse a excepção e se visse obrigado a procurar uma maneira de lhe chamar atenção. Aparentemente, ela ainda não tinha encontrado um homem que a merecesse.

Mas acabava de conhecê-lo.

E talvez cedesse se descobrisse que ele era o seu futuro esposo, quem trocaria um magnata multimilionário por outro que, além do mais, podia dar-lhe o que necessitava na cama, algo que o seu amante idoso não podia proporcionar-lhe…

Em que estava a pensar? Por muito espampanante que fosse, era uma mulher impiedosa. E ele não se deitaria com ela excepto para conceber um herdeiro.

Baseando-se no que sabia acerca dela, supunha que o motivo pelo qual se negava a mudar de situação era o facto de não desejar perder a liberdade de ter o controlo de um homem mais velho. Aceitar um casamento de Estado, onde estaria constantemente vigiada e sem poder manter aventuras extra conjugais, seria algo impensável para ela. Um homem na flor da vida que a obrigasse a acatar a disciplina era algo que devia evitar.

Não. Revelar a sua verdadeira identidade a uma mulher impiedosa seria ir contra ele.

Devia seguir o plano original.

Além disso, nunca tinha visto um olhar de desejo tão potente nos olhos de uma mulher e teve de se esforçar para controlar o forte desejo que se apoderava dele e para não mostrar a confusão que sentia no seu olhar.

Deu um passo em frente e experimentou uma sensação de triunfo ao ver que ela estava paralisada ao ver que ele se aproximava.

Então, os seus dois cúmplices chocaram com eles.

 

 

Farah Beaumont.

Todas as pessoas que havia no salão de baile se tinham virado para a ver entrar, e os sussurros invadiram o aposento como se fosse o som de milhares de cobras.

Ela sentia-se como se tivesse caído num ninho de víboras. Mas também tinha provocado que destilassem o seu veneno ao fazer-se passar pela amante de Bill. Às vezes, os motivos que alegava para levar a cabo aquela loucura não compensavam a malícia que encontrava por todas as partes. Só às vezes. Tinha encontrado a paz desde que Bill se tinha transformado em seu protector e ele utilizava-a para se vingar da sua esposa infiel. Os seus novos predadores eram dos que davam punhaladas pelas costas. Os sedutores, normalmente, guardavam distância. E esperava que também o fizessem essa noite, já que estava sozinha.

Maldita a hora em que Bill tinha insistido para que fosse ao baile de máscaras que realizavam para angariar fundos! Ele queria que fosse em representação dele, para que o anfitrião, um magnata do Médio Oriente que há um mês tinha aparecido misteriosamente no mundo das finanças, não se sentisse exaltado pelo facto de um colega do mundo dos negócios não ter assistido ao seu evento. Além disso, Bill ansiava conhecê-lo. E estava convencido que o magnata misterioso apareceria naquela ocasião.

Farah achava que não o faria. Ele tinha estado a manipular os meios de comunicação e as altas esferas das finanças como se fosse um acrobata experiente. E continuava a tramar estratégias que mudariam o curso da economia de todas as regiões. Ela achava que se informaria unicamente quando tivesse levado a cabo o seu plano. Ou, talvez, nem sequer aí.

Era um homem sábio. Quem no seu perfeito juízo desperdiçaria a bênção do anonimato sendo alguém tão poderoso? Que tipo de louco ia querer ficar conhecido?

Farah fez uma careta. Tinha de perguntar-se isso na presença de aproximadamente duas mil pessoas?

Podia ter ido ali para conhecer o homem e transmitir-lhe as desculpas de Bill, e teria sido suportável se Bill não tivesse insistido para ela envergar aquele horrível disfarce. Para alguém que se sentia trôpega com qualquer roupa que não fosse umas calças e uns sapatos rasos, a fantasia de Shehrazade era terrível. Mas Bill queria que entrasse em cena em todo o seu esplendor.

Então, assim que entrou naquela sala cheia de rumores mal-intencionados, um intenso olhar cravou-se nela.

Era o olhar de um homem com olhos da cor da obsidiana.

Ela sentia-se incapaz de afastar o olhar daqueles olhos que transmitiam poder, agressividade e pura masculinidade.

Farah sentiu que uma onda de calor lhe percorria o corpo.

Pelo amor de Deus! Ela nunca se sentia paralisada. E nunca pensava em cenas eróticas nas quais sentia a pressão de um pénis contra o seu corpo, e a cálida respiração contra os lábios, o pescoço, os…

Pôs-se tensa e notou que começavam a suar-lhe as mãos, os pés e a linha do decote.

De repente, algo chocou contra o seu ombro direito e notou que um líquido se derramava à sua volta.

Num instante, deixou de contemplar o homem que a tinha cativado com o olhar e apercebeu-se do que tinha sucedido. Ao deter-te no seu caminho, ele também se tinha detido, provocando que dois empregados que levavam enormes bandejas cheias de taças de champanhe se chocassem com eles.

Horrorizada, observou como se derramavam sobre eles uma dúzia de taças que acabaram por cair ao chão.

Os empregados desculparam-se rapidamente e outras pessoas tentaram ajudá-los.

Desorientada por ter a tanta gente à sua volta, Farah disse:

– Estou bem… Obrigada… Obrigada.

As suas palavras não surtiram qualquer efeito já que os seis homens, os empregados entre eles, insistiram em ajudá-la. Ela estava cada vez mais constrangida e virou-se para a única pessoa que não estava a invadir o seu espaço pessoal. O homem. Dessa vez, o seu olhar era acolhedor, quase como um refúgio.

Ao entender a sua chamada silenciosa, ele colocou-se entre ela e os seus ajudantes e, com um movimento de mão, fez com que se dispersassem. Depois, virou-se para ela.

Farah evitou olhá-lo nos olhos porque sentiu que estava a ficar corada.

Não podia corar. Não corava desde os dezasseis anos.

Mas era isso mesmo, estava a ficar corada.

Estupendo. Aquele homem tinha conseguido que ressurgisse nela a estupidez que achava ter enterrado tempo atrás juntamente com o seu pai. Um homem que acabou por não ser o seu verdadeiro pai. Mas, mesmo que François Beaumont não fosse o seu pai biológico, ela sempre o consideraria como tal. E a sua morte, há dez anos, tinha-a obrigado a amadurecer da noite para o dia.

A quem estava a enganar? Só tinha amadurecido em certos aspectos. Tinha-se transformado numa especialista em erigir barreiras e em empregar as suas habilidades sociais quando surgiam conflitos.

Mas, nesse momento, não lhe servia nada disso. E ali estava, ensopada, corada e sentindo-se idiota.

Em resposta ao seu nervosismo, o homem entregou-lhe vários guardanapos para que se secasse. Quando viu que tinha terminado, retirou-os das mãos trémulas e deixou-os sobre a bandeja dos empregados. Dirigiu-se para ela e fez-lhe um gesto para que continuasse na direcção para a qual ele se dirigia antes de ela provocar a queda das taças de champanhe.

Farah dirigiu-se para a porta de cristal.

Quando saíram começaram a tocar as primeiras notas de um solo de violino. Ela notava a presença dele, dois passos mais atrás, e a sua aura magnificada pela ausência de outros fazia com que ela se sentisse pequena. Olhou à volta e viu que não havia mais ninguém além dele, e nem sequer reparou em como a lua iluminava os jardins.

– Bem, era disto que necessitava – disse ela, colocando uma madeixa molhada em champanhe atrás da orelha.

Ele sorriu atrás do véu e perguntou:

– A brisa fresca da noite? E escapar dos admiradores solícitos e dos voluntários para lhe secar o champanhe?

Tinha sotaque britânico. Parecia um homem educado, culto e com classe. Mas certa inflexão no seu tom de voz indicava que não era inglês. Falava de acordo com o seu aspecto. De maneira exótica, superior, formidável.

Não é que ela tivesse visto o seu aspecto. Depois de ter reparado na sua fantasia, a de um homem preparado para enfrentar uma tempestade de areia, ela não se tinha aventurado a olhá-lo de novo. E, provavelmente, não o faria até que ele decidisse que já tinha passado bastante tempo com ela e voltasse à festa com a sua acompanhante.

Tinha de ter uma acompanhante. Os homens como ele, se é que havia mais homens como ele, estavam sempre comprometidos.

Farah suspirou.

– Referia-me ao duche de champanhe.

Diabos. E ele saberia que nem sequer estava a brincar. Devia permanecer calada até que ele se fosse embora. Tinha de se lembrar que era uma marginada por um motivo. Nunca tinha desenvolvido a arte da conversa. Sempre que soltava o que estava a pensar, sem censura, provocava que a criticassem ou criava inimigos.

Aquele homem devia pensar que era imbecil.

Dando-lhe as costas, levantou a saia e escorreu-a. Depois, tirou um sapato, e o outro, e abanou-os por cima do corrimão de mármore, regando os arbustos com champanhe antes de colocar os sapatos virados para baixo para que se secassem.

E que importava se lhe confirmava que tinha encontrado a palhaça da festa? Que lhe importava o que ele opinasse?

Estava a rir-se. E não dela. Com ela.