desj430.jpg

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2000 Kathryn Pearce

© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

A hora do amor, n.º 430 - setembro 2018

Título original: The Earl Takes a Bride

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9188-790-4

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

 

 

 

 

Diane Fields, mãe de três filhos, excitava-o. Tal como um dos seus amigos norte-americanos dissera, ela premia as teclas correctas.

Ela olhava para ele e aqueles olhos cor de avelã, com uma suave faísca de picardia, faziam com que ele a desejasse. O pior era que ela fazia com que Thomas esquecesse que tinha sido contratado por Jacob von Austerand, rei de Elbia, que tinha um carácter que rivalizava com o dele e que não gostaria nada que o seu braço direito estivesse a despir mentalmente a irmã da sua esposa. Especialmente, quando ele estava encarregue de uma missão real.

Thomas estava a vigiar a casa dela há duas horas. E quando as luzes dos quartos ficaram mais suaves, decidiu que era o momento mais seguro para se aproximar. No entanto, manteve-se atrás do volante do brilhante Mercedes preto, escondido por detrás dos vidros foscos.

Ele observou as janelas, seguindo atentamente as sombras que se movimentavam atrás delas. Estaria ela na sala ou no quarto? Não se lembrava exactamente do plano daquela casa, em Cabo Co, na pequena cidade de Nanticoke, Connecticut. Aquela pequena cidade fazia-lhe lembrar Chichester, a cidade do Sul de Inglaterra onde ele nascera.

Talvez devesse esperar um pouco mais, mas num impulso abriu a porta do carro e saiu. Então, espreguiçou o corpo forte e musculoso em toda a sua extensão, que superava o metro e oitenta, e fechou o carro, praguejando em voz baixa.

Ao atravessar a rua, lembrou-se a si mesmo de que não era que não quisesse ver Diane. Só Deus sabia que pensava frequentemente nela durante mais de um ano e quase constantemente nos dois últimos dias. Thomas lembrou-se com pormenores das bonitas feições do seu rosto… e de outras partes do corpo dela. Diane Fields era uma mulher muito atraente com uma atitude muito sensata em relação à vida e que o atraía enormemente. À sua maneira, Diane era mais dura do que a sua irmã, a esposa de Jacob. Thomas tinha sido testemunha de como Diane enfrentara Jacob em nome de Allison, antes de que a Sua Alteza Real tivesse casado com ela. Aquela mulher era uma força da natureza, mas, aparentemente, naquele momento tinha problemas.

Como Conselheiro Principal e Chefe de Segurança de uma das principais personalidades da Europa, Thomas Denton Smythe recebera o encargo de averiguar por que tipo de dificuldades estaria a passar a cunhada do rei e as consequências negativas que aquela situação pudesse ter. Esperava-se que ele chegasse ao fundo da questão.

Enquanto Thomas se aproximava da casa de um só andar, uma luz suave apagou-se numa das janelas. Rapidamente, encaminhou-se através da relva para a cozinha. Era o mais adequado, já que não queria acordar as crianças.

E o marido de Diane era outra boa razão para ter cuidado. Ao estacionar o seu elegante carro preto, Thomas reparara que o camião de Gary não estava estacionado na zona. Apesar de passar das nove da noite, hora mais do que razoável para que um trabalhador da construção civil estivesse em casa. No entanto, nada indicava que ele estivesse ali.

Quase sem dar por isso, Thomas encontrou-se na entrada da cozinha. A única coisa que lhe restava fazer era bater à porta e acabar com aquilo.

Com os braços cruzados sobre o peito, esperou que ela lhe abrisse a porta. Estava vestido com o mesmo fato com o qual viajara, de um impecável corte italiano. Em novo nunca se preocupara muito com a roupa, mas ao começar a trabalhar para Jacob, começara a cuidar a sua imagem.

Então, desde o outro lado da porta, ouviu o suave roçar de um tecido, como se Diane estivesse a vestir um roupão… ou a procurar uma arma para se proteger antes de abrir a porta a um desconhecido. Aquele gesto confirmou a Thomas que Gary não estava em casa.

Era melhor assim, nunca teria podido sentir simpatia por nenhum homem com quem ela se tivesse casado, mas certamente Gary Fields não lhe fizera mudar de opinião. Havia algo naquele homem que lhe fazia desconfiar dele.

As cortinas brancas que estavam penduradas a um lado da porta levantaram-se um pouco para voltarem a cair novamente, mas a porta não se abriu.

– Diane, sou Thomas Smythe, o conselheiro do rei – anunciou ele, aclarando a garganta. – Tenho que falar contigo, é importante.

Aquilo funcionou. Thomas ouviu que ela corria a fechadura e viu que a porta se abria. Diane estava ali de pé, rodeada por uma luz florescente, diante da mesa da cozinha. Vestia um roupão cor-de-rosa. Tinha o cabelo húmido, como se tivesse acabado de sair do duche e só o tivesse secado com uma toalha. Apesar de ela estar a uma certa distância, Thomas reparou que cheirava a morangos. Ela sorriu, mas pareceu surpreendida de o ver.

– Thomas, não te tinha reconhecido. Aconteceu alguma coisa? Allison e as crianças estão bem? E Jacob?

Ela teria continuado a fazer perguntas se ele não tivesse dado um passo para entrar na cozinha. Aquilo fez com que Diane ficasse calada. Era a típica reacção das pessoas perante a envergadura de Thomas, coisa que ele fomentava em certas ocasiões. Era há muitos anos o responsável pela segurança de Jacob.

Com algum esforço, Thomas descontraiu os ombros, tentando parecer mais pequeno. Não gostava de produzir aquele efeito em Diane. Então, sorriu da maneira que reservava para os dignatários e para as jovens muito bonitas.

– Lamento não te ter avisado que vinha, Diane – mentiu ele. – Estou nos Estados Unidos a mando de Jacob e espero que não te incomodes por te ter vindo visitar.

Ela sorriu. Não parecia surpreendida, como se as pessoas costumassem visitá-la àquela hora.

– Tiraste a barba – declarou ela.

– Estou assim tão diferente?

– Só não te reconheci por uns momentos. Através da janela, na escuridão, é difícil ver. Não há muitos homens que consigam ficar parecidos com o James Bond por fazerem a barba – admitiu ela. Thomas nunca ia ao cinema, mas gostou que ela o comparasse com alguém que parecia admirar. – No entanto, acho que tu és mais do que o 007.

– As crianças estão levantadas?

– Não, teriam gostado de te ver. Causaste uma boa impressão a Tommy, talvez por terem o mesmo nome. Cresceu muito. Ficarias surpreendido por ver como está alto para uma criança de sete anos.

Embora ela sorrisse, enquanto contava todos os pormenores dos seus três filhos, Tommy de sete anos, Annie de seis e Gare de cinco, Thomas reparou na tensão que ela tentava ocultar. Ela tentava ocultar os nervos que sentia, ao alinhar o sal e a pimenta sobre a mesa ou endireitando o pano da cozinha. E, para além disso, tinha olheiras em volta dos olhos.

Thomas não conseguiu concentrar-se no que ela dizia e ficou a olhar para a boca dela e, sem perceber o que fazia, inclinou-se sobre ela. Automaticamente, ela deu um passo atrás, como se quisesse arranjar mais espaço naquela pequena cozinha.

– Tens tempo para beber um café? Ou preferes chá?

– Café, obrigado.

Ela virou-se e começou a preparar o café. Depois, tirou umas chávenas de cerâmica azul que teriam parecido muito vulgares ao lado da frágil porcelana Sheffield que se utilizava na casa dos von Austerand.

– Posso ajudar-te… ?

– Não, não – replicou ela, enquanto colocava tudo sobre a mesa. – Senta-te e diz-me como estão todos – acrescentou, parecendo de repente muito cansada. – O Verão em Elbia deve ser maravilhoso.

– Nunca estiveste lá, pois não?

– Em Elbia? Na Europa? – inquiriu ela, a rir. – Não me parece possível. Não imaginas o caro que é viajar para o estrangeiro nos dias de hoje. Claro que não – acrescentou, com um leve sorriso. – Faz tudo parte do orçamento da Casa Real, não é?

– Quase tudo.

– Isso deve ser maravilhoso – murmurou ela, quase só para ela. – Um mundo tão exótico, tão longínquo… É quase como um sonho.

A cafeteira acabou por expulsar as últimas gotas de água já tornada café e a cozinha inundou-se com um maravilhoso aroma. Diane saiu do seu sonho para encher as chávenas e levá-las para a mesa, onde se sentou pesadamente.

Thomas observou-a enquanto levava a chávena aos lábios. O café era muito fraco comparado ao que ele estava habituado. Se tivessem estado juntos noutras circunstâncias ter-lhe-ia ensinado como se preparava o café na Europa. No entanto, Thomas afastou rapidamente aquele pensamento tão íntimo e concentrou-se na sua missão.

– Tem bom aspecto – declarou ele.

– Claro – replicou ela, sem levantar os olhos do café.

Thomas sentiu-se algo desesperado. Não sabia como deveria proceder.

– Eu… isto é, nós, perguntávamo-nos…

– Então, é para isso que vieste – declarou ela, levantando os olhos, cheios de suspeita.

– Espera, Diane…

– Vieste espiar-me.

– Lamento muito estar a intrometer-me na tua vida. Jacob e Allison estão muito preocupados contigo e com as crianças. Os teus pais telefonaram da Florida. Eles acham que tens algum tipo de problema, mas não lhes queres dizer do que é que se trata.

– Não é nada que os deva preocupar. Não queria incomodar ninguém desnecessariamente – replicou ela, pousando a chávena de café na mesa.

– Estou a ver.

Pela maneira como ela olhou para ele, Thomas percebeu que o que acontecera deveria ser bastante grave.

– Se é tão grave – acrescentou Thomas, pousando também a sua chávena na mesa, – acho que a tua família deveria sabê-lo.

– Não é nada que eu não possa… É que…

De repente, quebrou-se-lhe a voz e os seus olhos encheram-se de lágrimas, pelo que ela afastou o olhar.

Ia chorar? Thomas nunca teria pensado que isso fosse possível. Diane era uma lutadora e Thomas não sabia o que fazer.

– Diane, deixa-os ajudar.

– Só estou cansada – replicou ela, levantando-se ao mesmo tempo do que ele. – Os dias são muito compridos para mim. Acho que deveria ir para a cama.

– Conta-me o que aconteceu – insistiu ele.

– Por favor, vai-te embora.

– Não vou deixar que saias daqui e não vou sair de casa enquanto não me explicares o que é que está a acontecer.

– E que importância tem? – ripostou ela. – É a possibilidade de um escândalo, não é? Se a imprensa souber que a cunhada do rei de Elbia foi abandonada pelo seu marido e que não pode sequer pagar a conta da luz, faz disso notícia de primeira página. É isso, não é?

Thomas sentiu que o seu coração dava um salto.

– Gary deixou-te a ti e às crianças?

– Foi-se embora… levantou voo com uma sujeita da sua empresa… boa viajem – acrescentou, abanando uma mão, como se não se importasse. Mas não conseguiu enganar Thomas.

– Meu Deus, lamento muito – murmurou ele, tentando reagir.

– Pois eu não o lamento – replicou ela. – Já estava a ver que isto iria acontecer há muito tempo. Eu deveria ter insistido, há muitos anos, mas não o fiz, não encontrei maneira de…

Naquele momento, a coragem abandonou-a e, entre soluços, saiu da cozinha para se dirigir para a sala. Thomas, com um passo grande, alcançou-a e, abraçando-a, imobilizou-a. Ela lutou para se soltar durante um minuto e depois rendeu-se, deixando-se cair nos braços dele. Thomas não soube o que fazer, mas sentia que aquele contacto estava a produzir-lhe um efeito que ele não queria.

Ele fechou com força os olhos e lutou para se lembrar que estava ali para proteger e honrar a família de Jacob. O desejo que sentia não fazia parte do acordo. Embora Diane fosse uma mulher bela e desesperada, que talvez pudesse render-se perante a presença de um homem, Thomas sentiu que se devia controlar. Tinha que descobrir o que viera averiguar e arranjar as coisas da melhor maneira possível e… ir-se embora.

Talvez, se jogasse bem as cartas e não houvesse atrasos no aeroporto, conseguisse descolar no avião real e voltar para Europa dentro de poucas horas.

No entanto, naquele momento, tinha uma mulher a chorar no seu peito. Talvez estivesse a estragar-lhe o seu fato novo, pelo qual pagara muito dinheiro em Florença, mais do que lhe custara a semana de férias na Riviera com uma atraente actriz. Lembrando-se daquela semana, pareceu-lhe que o fato tinha valido mais a pena.

Diane não se mexia. No entanto, Thomas tinha a certeza de que continuava a chorar.

– Diane, eu posso resolver as coisas. Deixa-me ajudar-te.

Apesar dos seus esforços, não conseguiu evitar que o tom daquelas palavras fosse muito frio e muito oficial. Ela conteve a respiração.

– Ajudar? – inquiriu ela, com infinita tristeza. – Que parvo! Não percebes que isto não tem nada a ver com diplomacia ou com resgatar Jacob de uma horda de paparazzi?

– Eu sei, mas talvez haja uma maneira de arranjar as coisas entre ti e o teu marido.

– Não há – replicou ela, soltando-se dos seus braços. – Sei que assinar os papéis foi o melhor, mas não posso deixar de me preocupar pelo que os meus filhos vão sofrer.

– Que papéis? Onde é que está Gary agora? – inquiriu ele, com os músculos tensos como se se estivesse a preparar para lutar com o homem que tinha partido o coração àquela mulher maravilhosa.

– Não sei e não posso dizer que me importe.

Thomas olhou para Diane, sem saber o que fazer. Não podia perceber porque é que ficava tão aflito de a ver sofrer. Durante anos, fora imune à dor dos outros. Para além do círculo da família real, não sentia simpatia por ninguém.

Afinal de contas, os seus próprios pais tinham-no abandonado, cada um à sua maneira. Thomas tinha só cinco anos quando a sua mãe abandonara o seu pai, o conde de Sussex, juntamente com os seus irmãos e ele. Aos seis anos de idade, o seu pai mandara-o para um colégio interno. Nunca ninguém se preocupara com ele.

Por isso, o que acontecia aos outros não o afectava minimamente. Diane, embora estivesse relacionada com a família real, não deixava de ser uma desconhecida para ele, mas, no entanto, não podia deixar de se sentir comovido pelo seu sofrimento.

– Lamento – declarou ele. – Foi um idiota por te deixar. Se o que te preocupa é o dinheiro, não deve ser difícil encontrá-lo e obrigá-lo a pagar-vos uma pensão. É a lei deste país.

– Eu sei, mas prefiro criar os meus filhos sozinha. Agora os filhos são só meus. Se ele gostasse deles não se teria ido embora.

Thomas pestanejou. Ter-se-ia ido embora a sua mãe porque não gostava deles?

Diane ajustou o roupão para fechar o decote, que se abrira para revelar uma visão que Thomas se esforçara por não ver.

– Tens razão – concordou ele.

– Não te vais já embora, pois não?

– Não até ter algo para dizer a Jacob.

Rapidamente, ela virou-se e saiu da cozinha. Thomas encontrou-a à procura num monte de papéis que estavam numa mesinha, rodeados por pinturas de cores, pedaços de plasticinas e dinossauros de plástico.

– Toma – declarou ela, por fim, entregando-lhe um envelope. – Lê-o para poderes contar à minha família.

Ignorando o facto do decote ter voltado a abrir-se, Thomas agarrou no envelope e abriu-o. Continha um documento de cinco páginas.

– É um acordo de divórcio, legalmente assinado, datado e revisto por um notário – afirmou ele, começando a ler o documento. Diane parecia não sentir nada naquele momento ou pelo menos não o mostrava. – Aceitaste a custódia dos teus filhos e libertaste o teu marido de qualquer responsabilidade económica por eles? Porque é que fizeste isso? Ele obrigou-te a assinar estes papéis?

– Não – replicou ela. – Fui eu que pedi o divórcio e fiz com que redigissem estes documentos.

– Mas o teu advogado não te aconselhou a que… ?

– Sim, aconselhou-me a não libertar Gary das suas obrigações económicas com as crianças. Disse-me que tinha direito de pedir uma boa pensão já que tinha sido ele quem tinha abandonado o lar.

– E tu não fizeste caso dos seus conselhos?

– Não quero ter nada a ver com Gary Fields. Tanto as crianças como eu ficaremos melhor sem ele.

– Não duvido, mas…

lo-ias.

– Tenho autoridade suficiente para te dar um cheque em branco…

– Foi o que pensei. Agradece a Jacob da minha parte, mas diz-lhe que não posso aceitar. Cá nos arranjaremos.

E não havia mais nada que ele pudesse fazer. Sabia a verdade, tinha-lhe oferecido ajuda e ela rejeitara-a. Se telefonasse para o piloto no aeroporto, talvez pudesse chegar a Elbia no dia seguinte ao meio-dia.

– Se tens a certeza – declarou ele, agarrando-a pela mão.

– Sim, tenho a certeza – murmurou ela.

Então, ela estragou tudo. Aproximou-se dele, colocou-se em pontas dos pés e beijou-o suavemente na face. Um beijo ligeiro de uma mulher que era capaz de responder com gratidão aos outros, apesar do seu próprio sofrimento.

– Obrigada por teres vindo, Thomas – acrescentou, tocando-lhe sem querer com os seios no braço.

Thomas dirigiu-se para o carro, praguejando por ter deixado que o seu corpo o tivesse atraiçoado. Um beijo, um toque acidental, um ombro nu… e as suas hormonas tinham enlouquecido.

Definitivamente, naquela noite não podia voltar para casa.